31.10.10

Olhe bem, estou esfarelando.
Enquanto escrevo no escuro minhas ideias se perdem
Rumo ao vazio
Não há lanterna em meu quarto que seja forte o suficiente para meu coração
Então mais uma vez aqui:
Estou só, como sempre, apenas uma constatação
Me perdendo no papel
com estes olhos gigantes forçando contra o nada
Eu me perdi
Em farelos e grãos, nada sobra desta carne
De olhos fechados escrevo
pois deles não preciso para sentir.
Traduza a dor no meu peito.
Barulho de respiração e choro abafado
Entre almofadas e o som do ar condicionado
NÃO HÁ NADA
Sinto sua falta
Morrerei em breve
Por nós dois
Adios.
Odeie-me.

0 comentários: